Espera — Sophia de Mello Breyner Andresen




ESPERA

Dei-te a solidão do dia inteiro,
Na praia deserta, brincando com a areia,
No silêncio que apenas quebrava a maré cheia
A gritar o seu eterno insulto,
Longamente esperei que o teu vulto
Rompesse o nevoeiro.



[Sophia de Mello Breyner Andresen, Espera.]

Dia do mar (1947)

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