A minha vida, a mais hermética — Fiama Hasse Pais Brandão


A MINHA VIDA, A MAIS HERMÉTICA

Este amor literal, o pormenor dos lábios, a aproximação
da consciência é a situação mais nítida sobre a profundidade dos gritos.
Sobre a colina tradicional, sendo a tradição um único
momento, estou na mesma situação de Blake e na situação
de mim mesma quando ouvia o infinito no grito das crianças
e quando era evidente. Porém não terminava o crepúsculo, nem os jogos
se estavam a tornar obscuros, nem junto à casa aparecera a fisionomia da imagem
de mãe. Nada se opõe, tudo difere, este sistema simbólico
inclui os gritos, com mais numerosas referências.

Tudo o que disse com literalidade deverá parecer,
agora, o aviso de que a minha vida é a mais hermética.


[Fiama Hasse Pais Brandão, A minha vida, a mais hermética.]

Novas Visões do Passado (1975
Editora: Assírio & Alvim - A&A, p.65.



Comentários

Postagens mais visitadas